O papel da música nos jogos eletrônicos e a sua história pt. I

O papel da música nos jogos eletrônicos e a sua história pt. I

30/06/2023

Antes de vermos o cinema falado, a música era instrumento primordial para impulsionar as emoções. Os expectadores viam toda a magia das histórias na tela grande sob a guarda de um maestro ou músico, que conduzia todo o plano de fundo. Entre risadas e choros, foi assim por um tempo, até que, em 1927, quebrava-se o silêncio pela primeira vez, com o primeiro filme falado, O Cantor de Jazz, um musical na verdade.

Criando uma conexão simbólica, essa demonstração é coincidente com o que presenciamos hoje com os jogos eletrônicos. Temos diálogos, sim, mas a trilha sonora é o ponto alto de tudo dentro de uma trama de game. Como não tem seres humanos reais ali, o elo emocional que nos resta tem 30% proveniente da história, que - vamos falar a verdade - algumas pessoas não prestam muita atenção, e 70% da música, que, de acordo com a intensidade dos sons, é por onde sabemos onde está o perigo ou a realidade agradável.

Alguns trabalhos musicais surpreendem por sua profundidade com a história, e, em certos casos como ICO, Shadow of The Colossus ou até o mais recente Journey, não se tem a voz do personagem, apenas momentos de ação e drama, onde a trilha sonora cabe como instrumento vocal. A partir disso, conta-se milhares de histórias que nos direcionam a universos diferentes.

Um FPS (jogo de tiro em primeira pessoa) que traz, geralmente, um clima denso vem com sons que condizem com a tensão de um dado momento. Um jogo de aventura pode oferecer mistério e ação e, entre esse meio termo, a trilha também se equilibra de acordo. Os jogos de terror também podem constar aqui, já que Dead Space chegou a ganhar prêmios por seu set, que realmente fez muita gente criar imersão suficiente para desistir de jogar.

Todo o trabalho envolvido nesse nicho é parecido com o da indústria cinematográfica. Mas como deve ser fazer parte disso? Como será estar atrás da batuta, atrás do instrumento que cria o chão do jogo? Mesmo não fazendo parte de uma orquestra, algumas bandas também têm relações extremas ao integrarem a trilha sonora de algo grandioso quanto um game ou, como dito, um filme.

Ao garimpar a mídia, consegui fazer um apanhado de comentários cedidos pelo Venture Beat, em que profissionais da área dão seu parecer sobre o assunto.

Começamos com Ichiro Hazama, conhecido por trilhas tradicionais como as de Final Fantasy. Ele produziu recentemente a sonorização de Final Fantasy Theatrhythm.

"A depender de como você joga o jogo, você se torna melhor no que faz, e conforme você se torna melhor no que faz, fica ainda mais divertido de jogar. A alegria que você sente no início. As expressões mudam, dependendo do jogo, mas o sentimento de alegria ou tristeza está na raiz de tudo isso. Assim, não é muito diferente do sentimento de cantarolar a sua canção favorita”.

“Eu escuto muitos gêneros diferentes de música, mas sou influenciado mais pelas músicas que eu ouvia na minha adolescência. Com relação aos jogos, quando conheci o game Parappa the Rappa, tive uma surpresa musical", contou.

O game Parappa the Rappa é um jogo musical, lançado em 1996. E foi criado por Masaya Matsuura, vocalista da banda de pop rock japonesa Psy-S.

                                                     


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